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sexta-feira, 18 de março de 2011


         

                      Sexta-feira Santa

Celebra-se a paixão e morte de Jesus Cristo. O silêncio, o jejum e a oração devem marcar este dia que, ao contrário do que muitos pensam, não deve ser vivido em clima de luto, mas de profundo respeito diante da morte do Senhor que, morrendo, foi vitorioso e trouxe a salvação para todos, ressurgindo para a vida eterna. Às 15 horas, horário em que Jesus foi morto, é celebrada a principal cerimônia do dia: a Paixão do Senhor. Ela consta de três partes: liturgia da Palavra, adoração da cruz e comunhão eucarística. Depois deste momento não há mais comunhão eucarística até que seja realizada a celebração da Páscoa, no Sábado Santo.


           A cruz Divina e as cruzes humanas
Num passado bem remoto, uma Cruz foi levantada no alto do Calvário e nela morreu o Filho de Deus, que se ofereceu ao Pai para salvar a humanidade. Até hoje a Igreja nos pede que pensemos  mais sobre o misterio da Cruz. A infinita misericórdia de Deus para com sua criatura  aceitou  o sacrificio de Jesus a fim de que o ser humano recuperasse a aliança original, perdida com sua infidelidade. Opção de um Pai que ultrapassa a lógica da paternidade humana para permitir ao ser humano voltar à casa paterna e conviver eternamente com ele.
Faz parte da liturgia da Sexta-feira Santa ajoelhar-mos diante da Cruz para adorá-la  e agradecermos ao Cristo nela pregado o dom de nossa redenção. É um sinal de reconhecimento e amor, mas é tambem um momento de compromisso.
A crucifixão de Jesus não se consumou naquele dia. Até hoje ele continua morrendo nas cruzes que os filhos e filhas de Deus carregam, espalhados pelo mundo inteiro. Se nos emocionamos com as dores de sua Paixão, não podemos ser indifeentes aos sofrimentos que penalizam tantas pessoas, irmãs nossas. Também diante dessas cruzes nos ajoelhamos, não para adorar, pois são humanas, mas para tratá-las, para eliminá-las da vida de cada um que nasceu para ser feliz já neste mundo.
Que a experiência desta Quaresma aumente nossa sensibilidade para as cruzes dos seres humanos e nossa coragem de lutar, unidos aos que sofrem desde dores físicas até os danos impostos por nossa sociedade injusta, cuja dinâmica sempre beneficia os privilegiados e exclui os fracos e carentes.
                                                                                                                D.Geraldo Majella Agnelo

      

 

Instituição da Eucaristia e Cerimônia do Lava-pés


A  Igreja inicia o Tríduo Pascal, com a Missa  In coena domini” (Ceia do Senhor), celebrada ao anoitecer de quinta-feira,  onde se faz memória à Instituição da Eucaristia, e do Sacerdócio.

Lava-pés
Durante a celebração ocorre a cerimônia do Lava-Pés que lembra o gesto de Jesus na Última Ceia, quando lavou os pés dos seus apóstolos. Depois que lhes lavou os pés e que tomou seu manto, tendo retornado à mesa, disse-lhes: compreendeis o que fiz? Vós chamais-me Mestre e Senhor e dizeis bem, porque o sou. Se eu, pois Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu dei-vos o exemplo, para que, como eu vos fiz assim façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo. O servo não é maior que o seu senhor, nem o enviado é maior do que aquele que o enviou. Se compreendeis estas coisas, bem-aventurados sereis se as praticardes."(Jo 13,12-17)

Transladação do Santissimo 
Após a oração depois da comunhão, o Santíssimo é transladado solenemente em procissão para uma capela lateral , devidamente preparado para o receber. Após a transladação, a comunidade é convidada a permanecer em adoração solene até um horário conveniente. O significado é de ação de graças pela eucaristia e pela salvação que celebramos nestes dias do Tríduo Pascal.


Desnudação do Altar
A desnudação do altar (denudatio altaris), ou despojamento, como preferem alguns, é um rito antigo, já mencionado por Santo Isidoro no século VII, que fala da desnudação como um gesto que acontecia na quinta-feira santa. O sacerdote,  remove as toalhas e os demais ornamentos e enfeites dos altares que ficam assim desnudados até a Vigília Pascal. A desnudação do altar tem a finalidade de tirar da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus.

 Semana Santa: Quinta-feira santa – Missa crismal   e Lava-pés


Duas celebrações marcam a quinta-feira santa: a Missa Crismal e a Missa da Ceia do Senhor.

A Missa Crismal, ou Missa do Crisma, ou ainda Missa do Santos Óleos,  reúne em torno do Bispo o clero da diocese e todo o povo de Deus. Uma vez que esta missa caracteriza-se como uma grande ação de graças a Deus pela instituição do ministério sacerdotal na Igreja, nesta missa, os padres presentes renovam as promessas sacerdotais

Também acontece a Benção dos Óleos, que são distribuídos para que os sacerdotes façam uso deles, em suas paróquias, de acordo com a necessidade na vida cotidiana, para a santificação do povo de Deus.

Entenda melhor o significado de cada um dos óleos:

Óleo do Crisma - Uma mistura de óleo e bálsamo, significando plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom perfume de Cristo". É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento do sacerdócio, para ungir os "escolhidos" que irão trabalhar no anúncio da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos sacramentos. A cor que representa esse óleo é o branco ouro.


Óleo dos Catecúmenos - Catecúmenos são os que se preparam para receber o Batismo, sejam adultos ou crianças, antes do rito da água. Este óleo significa a libertação do mal, a força de Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela água e pelo Espírito. Sua cor é vermelha.

Óleo dos Enfermos - É usado no sacramento dos enfermos, conhecido erroneamente como "extrema-unção". Este óleo significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for vontade de Deus. Sua cor é roxa.


quinta-feira, 10 de março de 2011

A Via Sacra

 Via Sacra é uma oração que tem como objetivo meditar na paixão, morte e ressurreição de Cristo, é o reviver dos últimos momentos da sua vida na Terra, é reconhecer a presença de Deus mesmo na dor e no sofrimento, é percorrer uma caminhada espiritual, que nos ajuda a compreender melhor a pessoa de Jesus e o amor que teve por nós ao ponto de se deixar matar, sofrendo muito, para que todos pudéssemos aprender o que é verdadeiramente amar.
A via sacra não é apenas uma forma de olhar para o passado. É preciso aplicar sua lição nos dias de hoje.
A descrição do martírio de Cristo por meio de imagens  teve sua origem na época das Cruzadas ( séculos XI / XIII ), quando a catequese se dirigia, em grande parte, a analfabetos. Para que os fiéis que não sabiam ler compreendessem a plenitude da paixão de Cristo, a Igreja decidiu apresentá-la de forma visual.
Na verdade, o número de cenas variou muito até que, no século XVIII a Igreja determinou quais seriam as 14 que comporiam a via-sacra. Os responsáveis pela lista foram os papas Bento XlV e Clemente XlI. Somente dois séculos depois, o Vaticano incluiu a 15ª estação. O mistério da fé cristã é a ressurreição, por isso, a última estação foi incluída para simbolizar que a morte não é o fim de tudo.
 Originalmente, a via-sacra - caminho sagrado, em latim - só ocorria em Jerusalém, para onde os cristãos peregrinavam para fazer o trajeto percorrido por Jesus. Tais viagens começaram em 313, quando o imperador Constantino converteu-se ao Cristianismo. Até então perseguidos pelo Império Romano, os fiéis puderam, enfim, visitar a cidade sagrada para celebrar a memória de Cristo. Mas, a prática só se espalhou pelo mundo a partir do séc. XV.


1.      Estação: Jesus é condenado à morte                     
2.      Estação : Jesus carrega a cruz às costas
3.      Estação: Jesus cai pela primeira vez
4.      Estação: Jesus encontra a sua Mãe
5.      Estação: Simão Cirineu ajuda a Jesus
6.      Estação: A Verônica limpa o rosto de Jesus
7.      Estação: Jesus cai pela segunda vez
8.      Estação: Jesus encontra as mulheres de Jerusalém
9.      Estação: Terceira queda de Jesus
10.  Estação: Jesus é despojado de suas vestes
11.  Estação: Jesus é pregado na cruz
12.  Estação: Jesus morre na cruz
13.  Estação: Jesus morto nos braços de sua Mãe
14.  Estação: Jesus é colocado no sepulcro
15.  Estação: A Ressurreição de Jesus

Voce está convidado a participar da Via-Sacra, na Catedral Nossa Senhora das Dores,
nesta 2ª, 3ª e 4ª feira




                  DOMINGO DE RAMOS                           
O Domingo de Ramos é a festa litúrgica que celebra a entrada de Jesus Cristo na cidade de Jerusalém. É também a abertura da Semana Santa.
Durante as cinco semanas da Quaresma, preparamos os nossos corações pela oração, pela penitência e pela caridade. E hoje, iniciamos com toda a Igreja, a celebração da Páscoa de nosso Senhor. Para realizar o mistério de sua morte e ressurreição, Cristo entrou em Jerusalem, sua cidade. Celebrando com fé e piedade a memória dessa entrada, sigamos os passos de nosso Salvador para que, associados pela graça à sua cruz, participemos tambem de sua ressurreição e de sua vida


5º Domingo da Quaresma
Jesus- motivo da celebração eucaristica- é a ressurreição e a vida de todos os que se deixam conduzir pela palavra de Deus. Dela nos vem a força e a esperança para continuar na caminhada rumo à Páscoa, superando toda tristeza e morte.

Senhor nosso Deus, dai-nos, por vossa graça, caminhar com alegria na mesma caridade que levou o vosso Filho a entregar-se à morte no seu amor pelo mundo.




4º Domingo da Quaresma
Na caminhada para a Páscoa já próxima, somos convidados a deixar atitudes de tristeza e desânimo e assumir a alegria e o otimismo. Jesus cura nossa cegueira e ilumina as trevas que alienam a vida das pessoas.

Acolher a luz significa crer naquele que o Pai enviou, reconhecer que suas obras vem de Deus, entrar na vida nova mediante os sinais sacramentais e participar de sua resurreição.

Ó Deus, luz de todo ser humano que vem a este mundo, iluminai nossos corações  com o esplendor de vossa graça, e concedei ao povo cristão correr ao encontro das festas que se aproximam cheio de fervor e exultando de fé.




3º domingo da quaresma

A água, principio de vida, é presente marcante na liturgia quaresmal. Celebrar a eucaristia é aproximar-se de Jesus, dom do Pai e fonte de agua viva para a vida eterna. Vemos beber do poço que é o próprio Cristo, para que nos sustente na busca da vida plena.

Ó Deus, fonte de toda misericórdia e de toda bondade, vós nos indicastes o jejum, a esmola e a oração como remédio contra o pecado. Acolhei esta confissão de nossa fraqueza para que, humilhados pela consciencia de nossas faltas, sejamos confortados pela vossa misericórdia




2º domingo da quaresma
Neste domingo da transfiguração, somos convidados a subir à montanha com Jesus e fazer a experiência da sua glória. A páscoa de Cristo se manifesta na comunhão que descobre no rosto dsfigurado do pobre o rosto luminoso do Pai. È preciso sair do comodismo e deixar que a glória de Deus se manifeste em nós. Subindo à montanha, somos convidados a ouvir o que Jesus tem para nos dizer e contemplaremos sua face resplandecente.
Ò Deus, que nos mandastes ouvir o vosso filho amado, alimentai nosso espírito com a vossa palavra, para que, purificado o olhar de nossa fé, nos alegremos com a visão da vossa glória



1º Domingo da Quaresma
Conduzidos pelo Espírito de Deus, celebramos em louvor daquele que venceu as tentações. Em comunhão com Jesus, vamos nos alimentar com o pão da palavra e da eucaristia, para tembem nós podermos superar toda tentação e obstáculo em nossa caminhada.
Concedei-nos, ó Deus, que, ao longo desta Quaresma, possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo e corresponder a seu amor por uma vida santa.



                           Quarta Feira de Cinzas 

Inicio da caminhada quaresmal. Quarenta dias nos separam da grande festa da Páscoa. Neste tempo, procuremos trilhar o caminho da conversão proposto pelo evangelho e pala Campanha da Fraternidade, que nos leva a refletir sobre o tema: “ Fraternidade e a vida no planeta” e sobre o tema: “A criação geme em dores de parto”
Concedei-nos, ó Deus todo-poderoso, iniciar este tempo da Quaresma, para que a penitência nos fortaleza no combate contra o espírito do mal. Que estejamos atentos aos apelos de mudança de vida que nos convidam a intensificar as práticas de caridade, oração e jejum.